Empresários envolvidos no esquema que fraudou o Hospital Central da Polícia Militar firmaram um acordo, com o Ministério Público, que prevê a devolução de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos.
Os sócios da empresa Medical West assumiram ter pago propina a oficiais da PM para obter vantagens em licitações para o fornecimento de materiais hospitalares.
O acordo de delação premiada com o Ministério Público foi homologado pela Justiça na semana passada. Os dois empresários também se comprometeram a identificar os coautores das infrações, o idealizador da fraude, além de apontar a ocorrência de outros crimes contra a administração pública. Em troca, ambos ganharam redução no regime e no tempo da pena pelos crimes de corrupção ativa e peculato.
De acordo com o Ministério Público, a Medical West recebeu R$ 4,2 milhões para fornecer 15 mil litros de ácido peracético, utilizado para esterilização, mas que nunca foram entregues. A compensação financeira será feita mediante a compra de medicamentos e de aparelhos de ar-condicionado para o hospital, além de repasse financeiros.
O esquema de fraude no hospital da PM envolveu também outras empresas, e o dono de uma delas também fechou um acordo de delação, que teve como contrapartida a entrega de equipamentos para a unidade. A fraude no Hospital Central da PM foi descoberta em 2015, e a investigação já resultou na prisão de 27 pessoas, incluindo vários oficiais do alto escalão da corporação.
(Fonte: EBC - Radioagência Nacional - Tâmara Freire)