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Empresas alemãs reforçam mecanismos anticorrupção no Brasil

30/06/17

Após Lava Jato, filiais alemãs tentam melhorar seus sistemas de compliance. Entre os empresários europeus, há uma maior consciência de que devem se responsabilizar pelo que seus parceiros de negócios fazem na América Latina e no mundo.

Motivadas pela Operação Lava Jato, as multinacionais alemãs que têm negócios no Brasil e em outros países da América Latina adotaram ou reforçaram em suas filiais mecanismos de compliance - que monitoram se seus funcionários atuam em conformidade com a ética e as leis locais.

Antes da Lava Jato, todas as grandes empresas alemãs já contavam com políticas de compliance em suas matrizes. Isso ganhou força após escândalos como o da Siemens, em 2006, sobre o pagamento milionário de propina em troca de contratos com o governo de vários países.

Mas, na esteira da Lava Jato e da Lei Anticorrupção (nº 12.846/2013), que prevê a responsabilização no âmbito civil e administrativo de empresas que praticam atos lesivos contra a administração pública brasileira ou estrangeira, a sensibilidade corporativa aumentou também nas filiais.

Assim, grandes companhias, que já tinham políticas específicas, realizam uma revisão de suas medidas de compliance em filiais latinas. Após a Lava Jato, a DHL (divisão internacional da Deutsche Post, equivalente aos Correios brasileiros) piorou o status do Brasil em seu quadro de suscetibilidade à corrupção.

"A DHL está revisando seu sistema de compliance e já avançamos em quais pontos precisamos aperfeiçoar", afirma Joachim Hermansky, vice-presidente do Departamento de Assistência a Clientes da DHL Alemanha.

Segundo o recém-publicado estudo "Entre a expectativa e a realidade", realizado pelas instituições KPMG Alemanha, Alliance for Integrity e Associação Empresarial para a América Latina, apesar de a má conduta e a luta contra a corrupção terem começado e se desenvolvido de forma diferente no Brasil e na Alemanha, ambos países possuem desafios em comum.

Um deles é a necessidade de proprietários e administradores de empresas se interessarem pelas mudanças. Além disso, as regras de compliance devem ser relevantes para o cotidiano dos funcionários, e considerar os conflitos existentes entre as metas e a integridade da empresa.

Fonte: Terra

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